26/11/2008
23/11/2008
Escrito ontem...
"É o único manuscrito conhecido que inclui os desenhos que ilustravam os roteiros "de Goa a Diu" (1538-1539) e o "Roteiro do Mar Roxo" (1540) do conhecido vice-rei da Índia-D. João de Castro . É verdade que se conhecem outras cópias (os originais consideram-se perdidos) das tábuas destes roteiros, mas que não reúnem a totalidade das ilustrações: um da costa da Índia, na Biblioteca Nacional, outro da costa do Mar Vermelho, na British Library.
Este manuscrito em papel de grandes dimensões revela desenhos aguarelados dos portos e baixios cheios de apontamentos pitorescos, seja de habitantes ou de animais exóticos"...
Este manuscrito em papel de grandes dimensões revela desenhos aguarelados dos portos e baixios cheios de apontamentos pitorescos, seja de habitantes ou de animais exóticos"...
19/11/2008
12/11/2008
A arte é tudo...e tudo o resto é nada.
A arte é tudo porque só ela tem a duração - e tudo o resto é nada!
As sociedades, os impérios são varridos da terra, com os seus costumes, as suas glórias, as suas riquezas: e se não passam da memória fugitiva dos homens, se ainda para eles se voltam piedosamente as curiosidades, é porque deles ficou algum vestígio de Arte, a coluna tombada dum palácio, ou quatro versos num pergaminho.
As sociedades, os impérios são varridos da terra, com os seus costumes, as suas glórias, as suas riquezas: e se não passam da memória fugitiva dos homens, se ainda para eles se voltam piedosamente as curiosidades, é porque deles ficou algum vestígio de Arte, a coluna tombada dum palácio, ou quatro versos num pergaminho.
As Religiões só sobrevivem pela arte, só ela torna os deuses verdadeiramente imortais - dando-lhes forma. A divindade só fica absolutamente divina - quando um cinzel de génio a fixa em mármore (…)
A arte é tudo - tudo o resto é nada. Só um livro é capaz de fazer a eternidade de um povo. Leónidas ou Péricles não bastariam para que a velha Grécia ainda vivesse, nova e radiosa, nos nossos espíritos: foi-lhe preciso ter Aristófanes e Ésquilo. Tudo é efémero e oco nas sociedades - sobretudo o que nelas mais nos deslumbra.
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Eça de Queirós
Eça de Queirós
in 'Notas Contemporâneas'
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Eça de Queirós,
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08/11/2008
05/11/2008
sobre literatura...
Lembremo-nos que a literatura, porque se dirige ao coração, à inteligência, à imaginação e até aos sentidos, toma o homem por todos os lados; toca por isso em todos os interesses, todas as ideias, todos os sentimentos; influi no indivíduo como na sociedade, na família como na praça pública; dispõe os espíritos; determina certas correntes de opinião; combate ou abre caminho a certas tendências; e não é muito dizer que é ela quem prepara o berço onde se há-de receber esse misterioso filho do tempo - o futuro.
Antero de Quental
Antero de Quental
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Prosas da Época de Coimbra
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Antero de Quental,
in "Prosas da Época de Coimbra"
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