...mas tenho uma semana à minha frente!
24/02/2012
I
A Velha Meg era uma cigana,
Que vivia pelos descampados.
A sua cama era a turfa castanha,
E a sua casa o relento.
Que vivia pelos descampados.
A sua cama era a turfa castanha,
E a sua casa o relento.
II
As suas maçãs eram as negras amoras,
As groselhas as vagens das giestas;
O seu vinho era o orvalho da rosa silvestre,
O seu livro um túmulo do cemitério.
As suas maçãs eram as negras amoras,
As groselhas as vagens das giestas;
O seu vinho era o orvalho da rosa silvestre,
O seu livro um túmulo do cemitério.
III
Os seus irmãos eram os montes escarpados,
As suas irmãs os pinheiros;
Sozinha com esta grande família
Ela vivia como lhe apetecia.
As suas irmãs os pinheiros;
Sozinha com esta grande família
Ela vivia como lhe apetecia.
IV
Sem pequeno almoço em muitas manhãs
Sem o almoço em muitos meio-dias
Em vez de jantar contemplava
Em vez de jantar contemplava
fixamente a lua.
V
Mas todas as manhãs, com madressilva fresca
fazia a sua grinalda,
E todas as noites, com o teixo do vale
Tecia, e cantava.
fazia a sua grinalda,
E todas as noites, com o teixo do vale
Tecia, e cantava.
VI
E com seus dedos velhos e morenos
Trançava tapetes de junco,
E dava-os aos camponeses
Que encontrava por entre os arbustos.
VII
Trançava tapetes de junco,
E dava-os aos camponeses
Que encontrava por entre os arbustos.
VII
A velha Meg era corajosa como a Rainha Margarida
E alta como uma Amazona.
Vestia uma velha capa vermelha;
E usava um chapéu barato.
Que Deus permita o repouso dos seus ossos cansados -
Pois há muito que ela já partiu!
~
John Keats
31 Out 1795- 23 Fev 1821
21/02/2012
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