Story time!
22/09/2013
15/09/2013
14/09/2013
10/09/2013
Dezasseis anos, talvez.
Vejo-a, no café, cada manhã,
A folhear, atenta, um compêndio de inglês,
Com um perfume a Escola e a maçã.
Não me canso de a olhar. Às vezes, olha
(Um velho!), num desvio de atenção,
E logo volta a folha,
Enquanto molha
O bolo no «galão».
Eu saio, com pesar, bebida a «bica».
Ela é a minha manhã,
Tão natural, tão clara… que ali fica.
– Que saudades da Escola! Que fome de maçã!
~
António Manuel Couto Viana
03/09/2013
o joio.
Percorrer
Percorrer
em voo raso os campos
sem pousar
os pés no chão.
Abrir
Abrir
um fruto e sentir
no ar o cheiro
a alfazema.
Pequenas coisas,
Pequenas coisas,
dirás, que nada
significam perante
esta outra, maior: dizer
o indizível.
Ou esta:
Ou esta:
entrar sem bússola
na floresta e não perder
o rumo.
Ou essa outra, maior
Ou essa outra, maior
que todas e cujo
nome por precaução
omites.
Que é preciso,
Que é preciso,
às vezes,
não acordar o silêncio.
~
Albano Martins
Pequenas coisas
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